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sexta-feira, 20 de setembro de 2013

A NOITE EM QUE O TOUREIO A PÉ RENASCEU... (C/Fotos)



 Paulo d´Azambuja
 David Gomes
Parreirita Cigano
 João Martins
 Ruben Correia
Diogo Peseiro

Texto: Pedro Pinto

Em boa hora a Sociedade Campo Pequeno realizou esta quinta-feira, a novilhada de oportunidade aos novos, porque criou condições para que os artistas pudessem mostrar as suas capacidades e para que nós aficionados pudéssemos desfrutar do seu toureio. A novilhada apartada, de Paulo Caetano, foi de qualidade excecional, com as reses a serem nobres, codiciosas, com casta e a ter muito que tourear. Mais sonsotes os que abriram e fecharam praça, mas não menos manejáveis.
O toureio a pé impôs as suas armas e recordo-me na passada segunda feira, aos microfones da Rádio Portalegre, de ter dito que o toureio a pé em Portugal não fazia sentido, que estava "morto", porque não havia verdade (sorte de varas e morte na arena); entendido por uns, mal interpretado por outros, o que é certo é que estes jovens vieram provar que não é verdade. Existe chama, existem aficionados, por vezes cuidasse pouco dos novilhos, peça fundamental para o êxito; não podemos embandeirar em arco, pois há um longo caminho a trilhar se qualquer destes jovens quiser ser figura do toureio.
Diogo Peseiro, da Academia do Campo Pequeno, vai mais à frente, está noutro campeonato, muito toureado, é um toureiro com corte fino, mas ao mesmo tempo de guerreiro; embateu com o menos bom dos três de pé, mas triunfou forte, sabendo o que faz e como dar a volta à situação. Destaque para a forma como esteve com o capote e com as bandarilhas e como tragou com a muleta.
João Martins, da Escola de Vila Franca, enfrentou uma máquina de investir e deixou ambiente. Por vezes chegou a dar a noção de ser novilho de mais para um toureiro pouco toureado, mas a faena veio a mais no final, com uma série de muletazos longos e profundos, sem esquecer os adornos.
Da Escola da Moita veio Ruben Correia, que foi uma agradável surpresa, pelo seu corte de toureio. Esteve com valor, mostrando logicamente alguma verdura, mas sabendo o que faz na arena. Gostámos!
Os três primeiros novilhos da noite foram para o toureio a cavalo. O primeiro era difícil e com arreões, dando a sensação de ser malvisto; o jovem Paulo D'Azambuja, pouco toureado, veio de menos a mais, acabando com dois ferros curtos de nota, não entendemos o porquê de não querer dar volta à arena.
David Gomes chegou a Lisboa rodeado de grande ambiente, esteve bem diante de um novilho extraordinário, no entanto estamos em crer que exagerou em querer mostrar todos os ´"números". Tem um bom conceito de toureio e vai triunfar nesta profissão, falta-lhe apenas definir-se mais, porque um ou dois ligeiros toques poderiam ser evitados, no entanto não crítico quem joga tudo e mete a "carne no assador".
Parreirita Cigano era o único cavaleiro amador e tem uma garra imensa, tocou-lhe outro bom "Caetano" e surpreendeu quem nunca o tinha visto. Colocou dois compridos extraordinários, de parar corações e nos curtos começou bem, mas pecou por alguma velocidade na parte final. Deixou ambiente!
Nas pegas, a noite foi fácil e o grupo de Arruda dos Vinhos não complicou, dando as distâncias e os caras a superiorizarem-se aos ajudas. Fábio Correia esteve correto à segunda; Bruno Silva superior tecnicamente, com o grupo a fechar apenas nas tábuas e o muito jovem Luís Lourenço numa pega soberba, pela maneira como esteve em praça, como toureou e como se fechou, estes dois últimos ao primeiro intento.
Noite agradável em Lisboa onde renasceu o toureio a pé; bom comportamento das quadrilhas e menos de meia casa preenchida, com direção de Manuel Gama e Dr. João Nobre. Nota apenas por não se ter chamado o ganadero à arena, o 4º e 5º novilho teriam certamente justificado essa chamada! 
  
Fotos:Fernando Clemente/D.R.