Caro João Moura,
37 anos depois da apresentação e da conquista de Madrid,
chegou a hora de dizer adeus a esse importante palco da tauromaquia mundial. O
primeiro palco, o mais importante de todos.
Obrigado pelas alegrias que deu aos portugueses e à aficion
mundial cada vez que pisou aquele palco com a sua arte, a sua “revolução
mourista”.
Madrid foi, é e sempre será a “sua” arena, a praça que
consagrou o génio que, por nove vezes, atravessou a porta grande.
Infelizmente, não foram mais porque o rojão de morte, esse
traidor, roubou-lhe por diversas vezes esse merecido reconhecimento, mas a vida
é mesmo assim...
Tudo tem um princípio e tudo tem um fim… Se chegou a hora de
um fim de ciclo na sua carreira, vai abrir-se outro para o seu filho Miguel,
que nesse mesmo dia do adeus vai dizer “olá” à aficion madrilena e assim dar
continuidade, ao lado de seu irmão Moura Jr, à saga mourista.
Infelizmente e por motivos profissionais não posso estar
presente nesta importante e significativa hora, mas quero que saiba que, como
Mourista que sou, estou em espírito e a torcer para que a porta grande lhe
sorria. A si e ao Miguel!
Quero que saiba também que estou a seu lado nessa hora, como
já estive em muitas outras e como sempre estarei desde que o meu coração continue
a bater mourista.
O adeus a Madrid fica na história e só os grandes, os génios
e os talhados para o efeito têm direito a esse marco. O João é esse marco, esse
génio, essa grandeza.
Aceite um abraço amigo e leve consigo a sorte, como leva o génio
dentro de si.
Hugo Teixeira